NICOLETTE ANDERSON
( IRLANDA )
A obsessão de Nicolette pela lógica da cabeleira medieval inunda a sua obra poética, desembocando em um eu-lírico assexuado que serve preitesia a um reinado invisível de xustiza social, acracia e liberdade individual ao tempo que visibiliza a tirania do governo como unha figura monstruosa á que confrontar polo bem comum.
Recollo textos do seu poemário Arrincarie a cabeza de mil monstros por te ver correr libre (2oo16).
TEXTOS EN GALEGO - TEXTOS EM PORTUGUÊS
INTERNACIONAL DE POESÍA ANARQUISTA. Antoloxía de Samuel I. Paris. Santiago de Compostela (Galicia): Ediciones Positivas, Sin fecha. ISBN 978-84-121415-4-2 87 p.
Ex. doado por Elmira Simeão
XII
Será difícil non ser vampiro
cando se descubra que o sangue alimenta.
Será complicado desartellar a dor
cando non haxa tempo que perder
ou queimar a cama
cando deixemos atrás família, tempo se carne.
Todo o que doe é posible.
Prometer a cabeça do monstro.
XV
Entregándoche a cabeza do monstro
demonstrei que encarei o horror
e que xa non tes nada que temer.
Non volverás ter medo.
Se estou aqui é só porque ti estás atrás.
LXXII
Abracei un océano infinito
e matei os monstros todos da Terra toda.
Esta que che presento
é a miña espada ensanguentada,
que é tua e non é de ninguén.
Somos libres porque sempre o fomos
e non hai monstro que nos poida roubar a liberdade.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA
II
Será difícil não ser um vampiro
quando se descubra que o sangue alimenta.
Será complicado desmantelar a dor
quando não haja tempo que perder
ou queimar a cama
quando deixemos atrás família, tempo e carne.
Tudo o que doi é possível.
Prometer a cabeza do monstro.
XV
Entregándo-se a cabeça do monstro
demonstrei que encarei o horror
e que já não tens nada que temer.
Não voltarás a ter medo.
Se estou aqui é só porque tu estás atrás.
LXXII
Abracei um oceano infinito
e matei os monstros todos da Terra toda.
Esta que que apresento
é a minha espada ensanguentada,
que é tua e não é de ninguém.
Somos livres porque sempre o fomos
e não existe monstro que nos possa roubar a
liberdade.
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Página publicada em junho de 2024
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